Los indios de Brasil


LARAIA, Roque Barros - LOS INDIOS DE BRASIL. Madrid: Editorial MAPFRE, 1993

Por Juliano Gonçalves da Silva


O livro tem uma proposta muito interessante para os dias de hoje, onde impera uma falta de identidade nacional, principalmente no que diz respeito à origem e gênese de toda a América Latina, grandiosa no passado e barbarizada no presente pelos eternos conquistadores europeus.

Desde o inicio a proposta é apresentar tudo isto de uma maneira que foge às convencionais, mostrando as duas faces do processo de COLONIZAÇAO X DESTRUIÇAO que se desenvolveu na América dita Pré-Colombiana (porque, esta existia antes de Colombo?), particularizando a situaçao dos "indios" (por que os consideravam habitantes da buscada India).

Buscando se apoiar nos escassos estudos arqueológicos e citando, insistentemente a falta de estudos na área, o autor tenta refazer as origens dos indios do Brasil, suas divisoes e algumas diferenças básicas entre os grupos étnicos principais, traçadas a partir dos troncos linguisticos.

Essencial é o enfoque e relêvo dado à descriçao da sociedade Tupinambá, hoje extinta pelo homen. Frente á ameaça de novos etnocidios, a constataçao de uma forma diferenciada de viver foi exterminada junto con pessoas que eram suas participantes únicas, saberes patrimoniais de alguns séculos, também deixaram de existir pela ganância de alguns poucos que querem cada vez mais. É cada vez mais urgente que os ditos Estados-naçoes, que na verdade sao controlados pelos Estados Unidos dem as condiçoes máximas de garantia para o pleno desenvolvimiento desses povos originais e o direito à diversidade cultural, seja tao assegurado quanto a necessidade de diversidade biológica e que ambos sejam honrosamente respeitados.

Num segundo momento, ele continua apresentando o desenvolvimiento da América Pos-Colombiana, numa visao dos perdedores, mostrando que quando os portugueses aqui chegaram, já "existiam outras formas de vida", extremadamente bem adaptadas aos ecossistemas aqui existentes. Populaçoes com visoes de mundo absolutamente originais e distintas dos padroes ocidentais, brancos e cristaos. Tecnologias e conhecimientos muito mais ecologicamente sustentáveis que os construidos pela ciência e tecnologia da sociedade atual. Um enorme patrim foi jogado no lixo pela sociedade ocidental, lentamente agonizando com estas sociedades e seus costumes tradicionais.

Importancia é dada ao relato sobre o massacre imputado a estes grupos indigenas, sguindo por todo o livro, em todas suas partes, sem parar até os dias de amanha. Estes nao foram analisados pelo autor, no entanto nao é necessário ser advinho para saber que estas atrocidades permanecerao.

Neste processo, povos inteiros desapareceram deixando muitos mistérios e poucos vestígios que nunca poderao ser desvendados se melhores e mais intensificados estudos arqueológicos e de antropologia fisica nao forem realizados no Brasil.

Numa terceira parte, tratando do Império e República, o autor establece relaçoes entre o Estados e os Indios. Quando o autor descreve os Tupinambás, ha una fala significativa "os parentes deveriam defender os cadáveres contra as profanaçoes de seus inimigos" pois tinham crença de que com o afastamento do crânio do morto é que se dava a morte do espirito. Por falta de bons parentes, creio que nossa memória se acha meio morta espiritualmente, já que fomos separados e continuamos impedidos de aprender nossa verdadeira história na escola, e com isto novas cabeças e mentalidades, com espirito vivo capaz de respeitar de fato o direito à diversidade entre os povos à auto determinaçao.

 


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